A tragédia não é nova
Os trajes
Para a festa só
Que dança em nós
Malabares, contorções
O esquadrinho,
Que angula o tronco,
A serra,
Que encerra os tendões
Os pregos,
Que pregão em voz alta
Murmúrios vocais
O martelo
Marchando sobre os rijos músculos.
Um trovão
Está vivo
o frankenstein moderno da urbe.
Está vivo
o frankenstein moderno da urbe.
Todas as pontas aparadas
Cálculos feitos
É matemática voodo
Que ultraja a vida
e clima o animo em clausuro
cala os bolsões dos olhos
com um roxo amargo
de um soco de sono aplicado
feito como milagre escuro
incompreensível,
cruel, tangencial,
tão
que
não se contorna. [L.B]